O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (12) que o governo pretende pagar ainda em março, mas ressalvou que a primeira parcela da retomada do auxílio emergencial pode ficar para abril. A previsão leva em consideração a promulgação da PEC Emergencial marcada para a próxima segunda-feira (15) no Congresso Nacional.
O texto abre caminho para a retomada do auxílio, mas o governo ainda deve editar uma medida provisória com as regras da nova rodada de pagamento do benefício. “Acontecendo agora – estamos em meados de março -, queremos pagar ainda em março. Possivelmente, o pagamento caia em abril, mas é o pagamento já relativo ao mês de março”, afirmou Guedes.
Nesta semana, Guedes afirmou que a nova rodada do auxílio emergencial contemplará valores entre R$ 175 e R$ 375, dependendo da composição das famílias beneficiadas. Ainda, segundo ele, o valor médio será de R$ 250.
O ministro afirmou que manter o auxílio emergencial em R$ 600 não é sustentável. Segundo ele, dar um “cheque em branco” para o auxílio poderia levar a um descontrole da inflação, que já está alta, o que penalizaria os mais pobres.
“Se nós fizermos isso, a inflação, que está subindo rapidamente, já está em 5% e até julho vai passar de 6%, essa inflação que está subindo rapidamente – e que por enquanto é setorial e está começando a ficar generalizada – aí ela vai embora, vai para 7%, 8%. Por falta de compromisso fiscal”, declarou.
Em 2020, o auxílio chegou a quase 68 milhões de pessoas, com o total de recursos de cerca de R$ 290 bilhões. Foram pagas cinco parcelas de R$ 600 e depois o governo liberou mais quatro parcelas de R$ 300. O montante liberado para essa nova fase é de R$ 44 bilhões, bem aquém do disponibilizado anteriormente. O Ministério da Economia ainda não divulgou o número de pessoas que serão beneficiadas.
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