A Conferência Estadual do Rede Sustentabilidade na Paraíba, realizada nesta sexta-feira (22), em João Pessoa, foi marcada por denúncias de irregularidades durante as etapas municipais que antecederam o evento, que acabou esvaziado.
Cerca de 40 lideranças acusam o partido de práticas antidemocráticas em nota pública. Em protesto, o grupo se ausentou do evento e recorreu à Justiça para garantir a legalidade do pleito.
O encontro deveria eleger os delegados que participarão da Conferência Nacional, onde a Executiva Nacional será eleita. E, também, para eleger a nova Executiva Estadual, que conduzirá a legenda nas eleições de 2026.
A porta voz/presidente da legenda no estado é Cristiana Almeida. A atual composição do diretório estadual vai até junho deste ano.
Em nota, as lideranças afirmam que a decisão reflete o compromisso em não compactuar com um processo que “desrespeita a democracia interna e a transparência”.
Entre as denúncias estão a falta de divulgação de convocações, além de alterações de data, local e horário, limitando a participação de filiados. Prazos previstos no regimento interno também não foram cumpridos e há ainda o registro de plenárias fantasmas.
Outra alegação das lideranças é a suposta manipulação interna realizada por grupos majoritários que teriam monopolizado as decisões, excluindo representantes legítimos e prejudicando o equilíbrio democrático.
Eles também destacam que a Conferência Estadual está “viciada em sua origem”, já que os delegados eleitos foram escolhidos em conferências municipais consideradas ilegais ou que nem chegaram a ocorrer.
Entre os 40 signatários estão porta-vozes municipais, membros da direção estadual e nomes como o deputado estadual Chió (foto), o suplente de deputado estadual Professor Francisco; Rozangela Tenena, prefeita de Passagem, além dos vereadores do município Jailson, Lau de Dico, Salles Ferreira e as suplentes Thaiz de Gunda e Kaline Ferreira. Também assinam a nota os vereadores Anderson Rodrigues e Marcondes Honorato (Pilões); Janduy Serafim, Jailson Celular, Paulinho de Kiko e a suplente Luciana da Saúde (Remígio); e Junior Pereira (Serraria).
Eles defendem a necessidade de um processo transparente e equilibrado, que garanta a participação efetiva de todos os filiados e representantes, expondo uma crise de credibilidade no partido.
