Prestes a assumir a presidência do PL na Paraíba, o ex-ministro Marcelo Queiroga defende, antes mesmo de uma candidatura própria do partido ao governo, um palanque para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, parece entender que, para o primeiro turno, a união das oposições não vai funcionar, pelo menos a preço de hoje.
Um ponto que barra essa aliança é a presença do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que está no grupo do senador Efraim Filho, ao deputado federal Romero Rodrigues e a Pedro Cunha Lima, e é ligado ao presidente Lula (PT), adversário do PL.
Marcelo Queiroga está em Brasília, onde discutiu o futuro da legenda com Bolsonaro e com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
“A Paraíba é um estado que está no horizonte do presidente. Ele quer que o Partido Liberal seja forte no estado, que não esteja presente só nas pequenas cidades, mas que esteja sobretudo presente nos grandes centros e, para isso, temos que trabalhar de maneira unificada com as lideranças do partido”, destacou Queiroga.
O partido tem dois deputados federais, entre eles Wellington Roberto, que dirigiu a legenda no estado por quase 20 anos, além de Cabo Gilberto Silva. Esse mais aliado com Queiroga. Tem ainda dois deputados estaduais: Caio Roberto e Walber Virgolino. A mudança no comando pode deixar a legenda sem Wellington e Caio.
“Nossa missão é fazer com que essa engrenagem funcione cada dia melhor para que, em 2026, possa ter um palanque para o presidente Bolsonaro”.
Apesar de Cabo Gilberto defender candidatura própria do PL ao governo, Queiroga, em entrevistas anteriores, afirmou que se o palanque para Bolsonaro estivesse garantido, não precisaria encabeçar a chapa majoritária. Mas, admite que há uma tendência das lideranças partidárias do PL a nível nacional e de lançar nomes ao governo e ao Senado Federal.