A ex-deputada estadual Pollyanna Dutra defende uma união dos partidos da esquerda progressista como forma de marcar presença nas eleições de 2026, seja lançando um candidato ao Governo da Paraiba ou ter poder de voz.
As legendas seriam PT, PCdoB e PV, que formam uma federação, assim como PSOL e Rede. O PSB também integra esse campo. Em resumo: a ideia é formar uma frente de esquerda alinhada com o governador João Azevêdo e o presidente Lula (PT).
Mas, antes mesmo de pensar na união, esses partidos precisam fazer uma auto avaliação. Trazendo para eleições recentes, desde 2016 esses partidos não se entendem, seja internamente, entre eles ou até mesmo enquanto federação.
Têm caminhado divididos. E, sendo assim, não podem por pra pleitear espaços, sejam aos grupos – oposição e situação no estado – onde estão inseridos.
Secretaria de Desenvolvimento Humano do estado e filiada ao PSB, que será comandado por João Azevêdo a partir de abril, Pollyanna se reuniu com o PT, na semana passada, mas garante que permanece onde está. Deixou claro que está em discursão a união da esqueça progressista, mas ainda não se fala em nomes para a disputa de 2026.
“A gente não discute nomes, discute projetos para o Estado e, certamente, esse campo tem algo a ofertar em 2026 porque é esse o alinhamento do Governo Federal de Lula. Que, em cada estado, se consiga chegar num palanque que pensa igual, que tem uma identificação com projetos nacionais e projetos estaduais”, declarou Pollyanna.
Afirmou que o PT deve encabeçar o diálogo com esses partidos.
Perguntada se seu nome estaria à disposição, Pollynna lembrou os quase 500 mil votos obtidos na disputa pela vaga ao Senado nas eleições de 2022.
Mas, para quem defende unidade, a socialista deve colocar na balança que foi “vítima” da desunião da esquerda. Se o ex-governador Ricardo Coutinho, que obteve mais de 431 mil votos, tivesse retirado a candidatura, já que sabia estar inelegível, Pollyanna poderia ter conquistado a vaga.
“Nosso campo tem voto suficiente para pautar qualquer posição na chapa majoritária. A gente também não vai ficar a mercê de subordinação de nenhum partido. Vai lançar estratégia, nomes no momento certo”, destacou já se colocando à disposição para intermediar esse diálogo entre os partidos na Paraíba.