Uma possível federação partidária entre Republicanos, Progressistas e União Brasil pode dividir os campos da oposição e do governo na Paraíba, caso as três legenda se unam para formar um bloco independente.
Hoje, os partidos comandados pelos deputados federais Hugo Motta e Aguinaldo Ribeiro integram a base do Governo João Azevêdo (PSB). Já o União Brasil do senador Efraim Filho atua no campo das oposições. Nessa conta de 2 para 1, Republicanos e PP teriam maior poder de voz?
Em entrevista à Arapuan FM, nesta quinta-feira (9), Efraim até visualiza uma união no estado, nas eleições de 2026, mas sem João Azevêdo, que será o timoneiro do grupo governista – esse ponto já é consenso entre os aliados.
“Não haveria dificuldade em dialogar com o Hugo [Motta] e com o Aguinaldo [Ribeiro]. Eu converso muito bem tanto com Hugo quanto com Aguinaldo, os presidentes do Republicanos e do Progressistas. Essa é uma possibilidade. Não quer dizer que esse será o caminho, mas é uma possibilidade que existe”, afirmou Efraim.
O senador também ressaltou que, caso a aliança se concretize, os três partidos poderiam lançar um candidato ao governo da Paraíba, seja do União Brasil, do Republicanos ou do PP.
Nesse caso, o União Brasil deixaria de lado o MDB e o PSDB, aliados nas duas últimas eleições? E o Republicanos e o PP, representado pelo vice-governador Lucas Ribeiro, deixariam o PSB de João? Há muito a se avaliar sobre essa federação, pelo menos aqui no estado, para não haver mais perdas do que ganhos.
Lembrando que, uma vez unidos, as três legendas só poderão estar em uma coligação. Por exemplo, se o Republicanos e PP decidirem lançar candidato ao governo ou até mesmo seguir o nome apoiado por João, Efraim, ainda que não concordando, não poderia estar na disputa ou figurar em uma chapa com o PSDB.
Além de Efraim e de Lucas, o grupo tem o nome do deputado estadual Adriano Galdino de olho na cabeça da chapa majoritária.
De todas as federações formadas até o momento, esse tende a ser a mais complexa em se tratando de política estadual. São três grandes forças que precisariam estar perfeitamente alinhadas na Paraíba para não correr o risco de ficarem à deriva e divididos, tal qual a federação que hoje tem PT, PV e PCdoB.
Essa definição só deverá ocorrer após a eleição para presidente da Câmara Federal, que deve confirmar Hugo Motta no comando da Casa.