Em se tratando de fenômenos na política – não necessariamente de votações extraordinárias – está mais que claro que, nessa campanha eleitoral, em Campina Grande, o médico Jhony Bezerra (PSB) mostrou ter alcançado esse patamar.
Vejamos. Não só derrubou a pecha de forasteiro, imputada pelos adversários e ao que parece foi um tiro no pé, como tem incomodado e muito os dois principais grupos que se prezam dominantes na Rainha: os Cunha Lima e os Vital do Rêgo.
Jhony iniciou a pré-campanha diante de um eleitor “desconfiado” e, ao longo do caminho, parece ter conquistado o campinense. É tanto que a disputa do próximo domingo (27) está acirrada, bem diferente das últimas três eleições municipais.
Chegou a um segundo turno quando a vitória de um grupo que tem Cunha Lima – Cássio e Pedro -, PSDB, Veneziano Vital do Rêgo, MDB, Efraim Filho, União Brasil, Romero Rodrigues e PL, já estava na “boca do povo”.
Esqueceram de combinar com o “povo”. Claro que, pelo tamanho, o grupo descrito acima não pode e nem deve ser subestimado.
Em segundo turno, a vantagem sempre recai sobre o candidato à reeleição – Bruno Cunha Lima -, mas salto alto já mostrou que não ganha eleição.
Que o diga o ex-governador José Maranhão, em 2010, e, em um caso mais recente, o ex-presidente Jair Bolsonaro, único não reeleito na história do país.
O socialista Jhony Bezerra foi a indicação do governador João Azevêdo, maior liderança política do estado hoje. Mas, tem ainda um Republicanos com 11 deputados e o Grupo Ribeiro – o vice-governador Lucas, a senadora Daniella e o deputado Aguinaldo, além do ex-vice-prefeito Enivaldo, do lado.
Conta ainda com três nomes da oposição qualificada de Campina Grande: André Ribeiro (PDT), Inácio Falcão (PCdoB) e Nelson Júnior (PSOL).
Como diria o meme: “não direi nada, mas haverá sinais…”. O eleitor de Campina tem um jeito próprio de enxergar a política da cidade e do estado. Não convém trata-los como meros expectadores ou com discursos vazios.
Leave a Reply