De favorito em 2020, Bruno chega ao 2º turno sob pressão

De líder combativo da oposição na Assembleia Legislativa a prefeito da segunda maior cidade da Paraíba, Bruno Cunha Lima chega ao segundo turno das eleições em Campina Grande em meio a controvérsias, mas ainda com certa popularidade que não pode ser menosprezada.

Vejamos. Por pouco não perde o principal aliado e fiador desse seu primeiro mandato, o deputado federal Romero Rodrigues, que quase “bagunçou o coreto”, como diria lá em Patos, e deixa Bruno em maus lençóis.

Enfrenta até hoje as consequências de decisões administrativas pouco hábeis, a exemplo da exoneração, de uma canetada só, de mais de 9 mil terceirizados, sem falar nos embates com as categorias da saúde e da educação. 

O diálogo com a Câmara Municipal também não foi dos melhores, principalmente devido à falta de consenso sobre as emendas impositivas. Entrou em 2024 sem orçamento aprovado.

Bruno também precisa se entender com o eleitor, que tem reclamado da gestão. Bem diferente da eleição de 2020 quando não deu nem para conferir a principal adversária, hoje aliada, Ana Claudia Vital do Rêgo, esposa do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB). 

Venceu em primeiro turno com uma diferença de mais de 67 mil votos. 

Nas eleições deste ano, Jhony Bezerra (PSB) conseguiu levar a eleição para o segundo turno, após 20 anos. A diferença de Bruno para o socialista foi de pouco mais de 31 mil votos.

Mas, o principal elemento deste 2024, é que Bruno está sob pressão, seja de um grupo que tem nome e sobrenome ou dos aliados que depositam todas nele as fichas, seja por uma questão de sobrevivência política do agora e para se manterem vivos para  2026.