Um caso envolvendo um contrato de locação comercial em Princesa Isabel, no Sertão da Paraíba, colocou em evidência uma grave acusação. De um lado, o locador do imóvel, o aposentado Euclides Cordeiro; do outro, o atual presidente da Câmara de Princesa Isabel, Ednaldo Melo, mais conhecido como Garrancho. Ele está na disputa pela Prefeitura da cidade.
Ednaldo Melo está sendo processado civilmente por supostamente furtar energia elétrica, durante 14 meses, em um imóvel que alugou para ser a sede de sua empresa. A irregularidade foi detectada por uma inspeção da Energisa, que identificou o “gato de energia” no local.
O proprietário do imóvel, Euclides Cordeiro, foi notificado pela operadora de energia e imediatamente comunicou a irregularidade a Garrancho, que, segundo Euclides, se recusou a pagar os valores devidos. Como resultado, o nome de Euclides foi incluído na dívida ativa, e ele se encontra impossibilitado de alugar o prédio, que teve a energia cortada por falta de pagamento.
“Confiei nele, um político conhecido e, agora, ele não quer pagar a dívida que fez. Estou sendo prejudicado, não tenho como pagar e ainda estou sem poder alugar o ponto comercial”, lamentou Euclides.
O imóvel em questão está localizado na Rua Cel. Marcolino, nº 110, um dos endereços mais valorizados de Princesa Isabel. O contrato de locação foi firmado em agosto de 2016, e a irregularidade na ligação de energia foi identificada em novembro de 2023, após uma inspeção motivada por uma brusca redução no consumo de energia.
A fraude foi estimada em R$ 4.460,64, valor que ainda não foi quitado. Como consequência da irregularidade, o nome do locador foi protestado em cartório pelo valor de R$ 968,25, referente aos últimos 90 dias de consumo não pago antes da descoberta do “gato”.
Essa situação tem causado sérios danos ao locador, além de gerar consideráveis transtornos financeiros e emocionais.
Euclides apresentou documentos que incluem o contrato de locação, a carta da Energisa detalhando a irregularidade, faturas de energia elétrica, e o boleto de protesto, que reforçam sua alegação de que o responsável pelos débitos é o locatário, Ednaldo Melo.
Este caso levanta preocupações sobre a responsabilidade no cumprimento de contratos e o impacto de irregularidades como o “gato de energia”, que, além de ser uma prática ilegal, tem consequências graves e injustas para terceiros. A expectativa é que a justiça seja feita e que o verdadeiro responsável por essa situação seja devidamente penalizado.
Euclides aguarda a confirmação da justiça para uma audiência marcada para o dia 31 de outubro. “Lamento que este homem seja candidato à prefeitura de Princesa. Se ele furta energia, imagina o que pode fazer administrando uma cidade,” questiona o aposentado.