O presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já foram alçados a cabos eleitorais em João Pessoa e Campina Grande, para as eleições deste ano.
Agora, a despeito da polarização incrustada em 2022, os ditos “amigos” de Lula e Bolsonaro terão que se preocupar primeiro com os próprios desempenhos nas urnas em outubro.
Em João Pessoa, o deputado estadual Luciano Cartaxo busca voltar ao cargo que já exerceu por oito anos. Se intitula como o legítimo representante do “time de Lula”.
Também foi assim em 2012, mas deixou o PT quando a crise politica se instaurou resultando, mais adiante, na prisão de Lula. Nesse meio tempo, Luciano Cartaxo esqueceu o “time”. Só voltou à casa em 2022.
Também na disputa pela Prefeitura de João Pessoa, o ex-ministro Marcelo Queiroga tem como principal cabo eleitoral, Jair Bolsonaro. Se terá o apoio de toda a direita conservadora/bolsnarista, aí, é outra história. Os números do pessoense nas pesquisas eleitorais, até agora, deixam a desejar em termos de desempenho. Mas, ainda há tempo.
O ex-presidente perdeu a reeleição para Lula e foi tornado inelegível. Mas, em nome de 2026, precisa se tornar forte no Nordeste, reduto do petista.
Para tanto, aposta em candidaturas competitivas nas capitais. É aguardar o desempenho de Queiroga nas urnas. E, porque não, medir um pouco mais as palavras quando se trata de falar sobre a região.
A julgar pelo primeiro debate entre os candidatos a prefeito de João Pessoa, a polarização sera pauta recorrente daqui para a frente:
Em Campina Grande, o deputado Inácio Falcão (PCdoB) também tenta puxar para si o título de ungido de Lula, no embalo da Federação Brasil da Esperança, que tem ainda o próprio PT e PV. Se o presidente conseguira transferir votos para o campinense com o mesmo fervor em que o deputado tenta usar seu nome, também é outra história.
Inácio disputou a Prefeitura de Campina em 2020. Ficou em terceiro.
Lembrando que, se a transferência de voto fosse fato verificado e consumado, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) teria pelo menos chegado ao segundo turno das eleições para o governo já que brada ser “amigo de Lula”.
E do outro lado, Bruno Roberto, que se dizia o nome de Bolsonaro na Paraíba, teria um resultado menos ruim na disputa pela vaga ao Senado em 2022. Não deu certo.
O prefeito e candidato à reeleição Bruno Cunha Lima sempre foi “Time Bolsonaro”. O ex-presidente tirou o “time” de campo para apoiar Arthur Bolinha, do Novo.
Lula e Bolsonaro vão precisar de todo e qualquer espólio eleitoral que se sobressair das eleições deste ano. Está em jogo o projeto de reeleição de um e o retorno do outro, ainda que representado por um nome a ser indicado.