O ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga (PL) é o segundo candidato a prefeito de João Pessoa, homologado em convenção partidária, nesse sábado (3), em uma caminhada marcada por imposição do diretório nacional, rachas internos e, ao final, unidade.
Queiroga era cotado para ser candidato ao Senado, ainda em 2021, mas acabou por ficar até o fim do Governo Bolsonaro. Só se filiou ao PL, com o aval do ex-presidente, em junho de 2023. E já chegou alçado a condição de pré-candidato do partido a prefeito de João Pessoa.
Enfrentou oposição dos deputados Cabo Gilberto Silva e Walber Virgolino, e do comunicador Nilvan Ferreira, até então nome da direita conservadora bolsonarista na disputa pelo comando da Capital.
O triunvirato afirmava não aceitar imposição da Nacional.
Ao final, Nilvan foi preterido pelo PL, deixou a legenda e se filiou ao Republicanos. É favorito, de acordo com as pesquisas eleitorais divulgadas, na disputa pela Prefeitura de Santa Rita.
Voltando a Queiroga, passado o efeito Nilvan, conseguiu integrar o triunvirato. Hoje, tem como principais aliados Cabo Gilberto, articular principal dessa unidade, e Walber. Afinaram o discurso de que, dividir a direita, atrapalharia o projeto de crescimento da base de Jair Bolsonaro na Capital paraibana.
A unidade, está claro, não é unânime no partido que atualmente se encontra em um racha interno. O presidente da legenda na Paraíba, deputado federal Wellington Roberto, foi alijado do processo na Capital e região metropolitana, além de Campina Grande/
O médico precisará mostrar que o debate a que se propõe está além das disputas Lula-Bolsonaro. O eleitor de João Pessoa, apesar de um certo ar conservador, quer discutir a cidade e suas nuances. Quer solução.
Queiroga terá como companheiro de chapa, Sérgio Queiroz (Novo), mais votado ao Senado, em João Pessoa, nas eleições de 2022. Entre idas e vindas, o pastor fez as “pazes” com o eleitorado mais radical da direita. Mas, já avisou que não trará o debate da polarização nacional para o campo local.