Cida desautoriza inclusão de nome em pesquisa do PT Nacional

Pré-candidata a prefeita de João Pessoa, a deputada estadual Cida Ramos desautorizou o PT Nacional a incluir seu nome em uma pesquisa eleitoral para decidir qual nome representará a legenda, nas eleições deste ano, na Capital.

Em nota encaminhada aos membros do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT Nacional, nesta segunda-feira (10), ela afirma que decidiu, “depois de amplas consultas à lideranças petistas, não autorizar” a inclusão do nomr em qualquer pesquisa com a finalidade de aferir quem será o candidato a prefeito do PT.

Cida também criticou a postura do colega de legenda em meio à disputa pela definição.

“Mais uma vez, o outro pré-candidato desrespeitou as instâncias, não atendeu nem participou das reuniões preliminares de preparação da pesquisa. E, o que considero um insulto aos dirigentes do PT da Paraíba, só aceita a realização da pesquisa se a mesma for feita por um instituto indicado por ele”, diz em trecho da nota.

Leia a nota na íntegra:

“Aos membros do Grupo de Trabalho Eleitoral PT-DN:

Continuo a acreditar no projeto de defesa da democracia que o PT lidera no Brasil, hoje, e na democracia interna que transformou o PT numa referência de democracia partidária avessa ao poder de coronéis da política. Foram essas convicções e com o amplo apoio da militância do PT de João Pessoa que me levaram a lançar meu nome a disputa pela Prefeitura de João Pessoa.

Durante o percurso entre o lançamento de minha pré-candidatura e a escrita dessa carta, tenho orgulho de dizer que segui todas as regras e prazos partidários e aceitei todas as decisões provenientes das instâncias superiores do Partido dos Trabalhadores. Aceitei que as regras estabelecidas pelo Diretório Nacional que definem, sem subterfúgios, que a escolha das candidaturas à prefeitura seria feita com base em parâmetros que incluem um momento de necessária e imprescindível consulta aos filiados e dirigentes do partido, em todas as cidades e em João Pessoa, através de prévias, caso não haja acordos entre os pré-candidatos postulantes ao cargo de Prefeito.

Porém, em nossa cidade, o outro postulante se negou a aceitar as regras consuetudinárias que transformaram, historicamente, o PT em exemplo de democracia partidária no Brasil. Desistiu das prévias e depois buscou, surpreendentemente, um sinuoso protocolo visando se transformar em candidato do partido, mesmo sem o apoio das instâncias locais e da maioria da militância do PT.

Ainda assim, fracassado o primeiro processo de escolha, aceitei a realização de um novo processo, qual seja, a abertura de um prazo excepcional para que ele se inscrevesse e novas prévias se realizassem. Novamente, o outro pré-candidato não aceitou disputar, como aconteceu em todo Brasil, a exemplo de Fortaleza.

Por fim, foi sugerido pelo Grupo de Trabalho Eleitoral a realização de uma pesquisa para verificar a situação de momento dos postulantes do PT. Ficou estabelecido que as direções estadual e municipal, mais as representações dos pré-candidatos, sugeririam institutos para a realização de pesquisas quantitativas e qualitativas. Mais uma vez, o outro pré-candidato desrespeitou as instâncias, não atendeu nem participou das reuniões preliminares de preparação da pesquisa. E, o que considero um insulto aos dirigentes do PT da Paraíba, só aceita a realização da pesquisa se a mesma for feita por um instituto indicado por ele.

Em razão desses acontecimentos, decidi depois de amplas consultas à lideranças petistas, não autorizar que meu nome seja aposto em qualquer pesquisa com a finalidade de aferir quem será o candidato a prefeito do PT em João Pessoa. Como sempre, reivindico que as resoluções e o estatuto do partido sejam respeitados. Volto a repetir: confio no projeto do PT, respeito suas instâncias e as deliberações, mas não aceito ser desrespeitada nem aceito que desrespeitem os dirigentes do PT da Paraíba e de João Pessoa. Não abro mão dos meus princípios, que coincidem com os princípios que fizeram do PT – repita-se – o mais importante e popular partido brasileiro.”