O ex-governador Ricardo Coutinho estaria preparando o retorno para 2026? Quem deu a deixa foi o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT), pré-candidato a prefeito de João Pessoa, e que ganhou o apoio (in)condicional do colega de partido.
“Independente do cargo que venha a disputar”, garantiu Cartaxo em entrevista ao Meio-dia Paraíba (POP FM).
A questão é saber, primeiramente, onde estará o PT, em relação ao campo de alianças, nas próximas eleições para presidente da República. E em um efeito cascata, na Paraíba.
Em 2018, Ricardo se aliou ao MDB do senador Veneziano Vital do Rêgo. A chapa não foi bem sucedida. O emedebista amargou o quarto lugar na disputa pelo Governo e o petista, de olho na vaga ao Senado, ficou em terceiro.
Em 2026, se nada mudar, Ricardo não terá o “fantasma” da inelegibilidade do lado. Mas, ainda tem a Operação Calvário, deflagrada em 2018, sendo o ex-governador o principal alvo. Se não andar, bom para o petista.
O fato é que Ricardo pode não contar com o apoio de Veneziano, já que o senador se aliou ao grupo Cunha Lima, tendo apalavrado o apoio à reeleição por parte de Cássio e Pedro. A não ser, e é perfeitamente possível, que Ricardo se alie ao grupo.
Mas, repito, para estar em chapa encabeçada pelo PSDB, por exemplo, teria que levar todo o PT junto para ter assegurado o registo de uma possível candidatura. Isso em relação à disputa por uma das duas vagas ao Senado ao para a Câmara.
Se decidir voltar a disputar o governo, com o presidente Lula buscando a reeleição, precisará saber onde estará o PSB. Se o partido permanecer na pretensa chapa com Geraldo Alckmin, Ricardo terá que convencer o PSB da Paraíba a embarcar em seu projeto pessoal.
O partido do governador João Azevêdo, que está no segundo mandato, estará “aberto” a novas possibilidades em 2026. Ou seja, buscar um nome para a disputa ou se aliar a uma outra legenda.
João poderá concorrer a uma das vagas ao Senado, e já disse que o nome está à disposição, ou até mesmo uma das 12 cadeiras da Paraíba na Câmara Federal. Se será possível unir os dois, falo dos partidos e das duas lideranças, ainda é cedo para tal.
Mas, não restam dúvidas: Ricardo estará de volta ao cenário de disputa política em 2026.
E essa é apenas uma breve análise de um cenário ainda incerto.
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