Para não ter que assistir a uma reprise das eleições de 2020, onde o PT rachou e teve um dos piores resultados na Capital paraibana, o Grupo de Tática Eleitoral nacional da legenda suspendeu as prévias.
O senador Humberto Costa, que coordena o GTE, garantiu que a decisão não significa intervenção na legenda em João Pessoa.
“Tivemos uma reunião com o presidente Lula nessa semana, onde discutimos o processo eleitoral no Brasil inteiro, e nessa reunião identificamos alguns municípios onde era necessário uma atenção especial por parte da direção do partido”, disse Costa em entrevista à CBN Paraíba.
Ele complementou: “O caso de João Pessoa, porque devido aos últimos acontecimentos, retirada de candidaturas, decisão de fazer prévia, tem um potencial muito grande de termos aí um conflito muito grande. Então, nesse sentido, não houve uma decisão da direção nacional. Houve um pedido de uma indicação do GTE, que eu encaminhei à presidenta Gleisi [Hoffmann], no sentido de que esses municípios, a condução do processo fosse feito pela direção nacional”.
Perguntado se a suspensão das prévias foi motivada pela desistência do deputado Luciano Cartacho da disputa, deixando apenas a deputada Cida Ramos como opção, Humberto Costa garantiu que não.
“Na verdade, esse processo pode acontecer normalmente. Mas, temos visto que, por outro lado, a decisão que o partido tomou de ter uma candidatura própria, vem sendo, até por forças externas, solapada, vamos dizer assim, tentando se fazer uma mudança em relação a isso”, analisou.
Disse ainda estar preocupado que possa haver uma divisão. Lembrou da crise do passado e que, por isso, o partido decidiu acompanhar de perto.
“Por outro lado, há, sem dúvida, a intenção de outras forças políticas externas ao PT de tentar conduzir o partido para o apoiamento a uma candidatura [no caso, Cícero Lucena] e que isso estaria se confrontando com a decisão que já foi tomada anteriormente de ter candidatura própria”.
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