O PT de João Pessoa adiou, sem data à vista, a realização das prévias internas para escolha do nome que vai representar o partido nas urnas em outubro.
Apesar de ter até abril para a escolha, pode perder o “prazo” de assimilação do candidato por parte do eleitorado, seja aquele fiel ou possível apoiador. Nesse caso, “quem tem tempo, tem prazo”, às vésperas das convenções, pode ser prejuízo.
O partido tem dois nomes: os deputados estaduais Luciano Cartaxo, ex-prefeito por dois mandatos, mas sem muita aceitação no petismo raiz, e Cida Ramos.
Cartaxo já está nas ruas em pré-campanha, reunindo militância e ditos eleitores, como se a decisão do partido já tivesse sido tomada. Está errado? Não. O espaço está aberto e quem quiser que lute para desfazer a impressão do eleitor, caso ele não venha a ser o escolhido.
Já Cida Ramos, que tem tido atuação na Assembleia Legislativa coadunada com as pautas do Governo Lula, acaba sendo “esquecida”, principalmente pelos demais pré-candidatos que, em uma misoginia velada, costumam só citar como adversários figuras masculinas na disputa.
Se realmente o partido quer entrar na corrida pela Prefeitura da Capital, com uma candidatura própria competitiva, sem demagogias, que aperte um pouco o passo. Os pré-candidatos já estão se armando e parte do eleitorado já sabe quem são estes.
E, em se tratando de um partido com campo da esquerda progressista, convenhamos, não restam tantos outros assim para compor. Ou terão uma chapa puro sangue?
E mais: se a pretensão do partido é deixar a escolha para última hora, buscando que ‘alguém’ desista de entrar na disputa interna, melhor rever essa estratégia.
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