Primeiro, o deputado federal Wilson Santiago afirmou que o governador João Azevêdo só deixará o mandato, para disputar o Senado, caso o socialista tenha a garantia de que o projeto terá continuidade e que os aliados não ficarão a ver navios.
Agora, o deputado estadual Felipe Leitão praticamente implora, para não dizer encampa a pressão – e vai mais longe -, para que João não se afaste, nem dispute as eleições de 2026, em “nome do projeto”.
É indiscutível que João Azevêdo será o principal cabo eleitoral da base governista nas eleições de 2026.
Mas, em tese, esse sacrifício só é bom mesmo para os aliados que, ao que parece, mandam recados. Em João Azevêdo não se desincompatibilizando, não poderá disputar e ficará sem mandato a partir de 2027. Fechará um ciclo já que não tem sucessores políticos diretos.
E, com a base crescendo os olhos e se auto-dividindo, a tendência é que a oposição se fortaleça, assim como a direita hoje linkada com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A pergunta a se fazer é: já perguntaram a João se ele está disposto a abrir mão de uma possível cadeira no Senado em detrimento dos outros?
O fato é que Santiago é do time do deputado federal Hugo Motta, presidente do Republicanos na Paraíba, pré-candidato ao Senado, mas que pode ser um nome ao governo.
Leitão é do time do deputado Adriano Galdino, que deseja disputar a majoritária, seja como cabeça de chapa ou na vice.
Colocar João na parede seria parte de estratégia para chamar a atenção do grupo Ribeiro e do vice-governador Lucas Ribeiro, candidato natural à reeleição, assumindo o governo ou não?
O fato é que alguns “aliados” querem fazer João Azevêdo de ‘Cristo’. Se vai funcionar, aí sim, é cedo para apostar.
Leave a Reply