Ao defender um movimento separatista – de um lado Sul e Sudeste e do outro, o Nordeste – o governador de Minas Gerais, Romeu Zelma, tenta se cacicar junto à direita bolsonarista, mas esquece que o Nordeste tem votos que não podem ser “enjeitados”.
Zema quer tirar vantagem da rusga entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o ex-presidente Jair Bolsonaro por conta da reforma tributária. O republicano é tido como sucessor natural de Bolsonaro, que está inelegível.
Mas, ele esquece que, além Minas, existem pessoas que pensam, trabalham, se destacam, votam. Romeu Zema precisará de muito mais que discursos já vencidos para chegar à Presidência da República.
E nem adianta usar essa história de que o Sul e Sudeste levam o país nas costas e que o Nordeste não produz e recebe mais. Ora, as regiões que Zema defende cresceram às custas da mão de obra nordestina e do muito que a região perdeu lá atrás, quando Sul e Sudeste se beneficiaram da torneira aberta.
Também não me venham com o discurso de direita e esquerda. Quem quiser que lute para ser o “escolhido”. O Nordeste abraça a quem lhe dá atenção.
O Nordeste não quer migalhas porque produz e muito. Quer reparação e igualdade.
Em nome de um projeto político, querer crescer às custas de falas e ações xenofóbicas é começar errado. Mais respeito, por favor!
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