Que o deputado Walber Virgolino é oposição, todos sabem. Que é pré-candidato a prefeito de João Pessoa, também. Mas, não adianta ser oposição, colocar o nome para jogo sem apresentar soluções reais aos problemas da cidade.
Viver de deboche, críticas nas redes sociais não vai melhorar a vida de seu ninguém. Viver de “likes” de olho no voto pode até iludir o eleitor, mas este é quem vai pagar a conta.
Cito aqui o caso de Walber, mas o oposicionista é a caricatura de vários políticos que temos na Paraíba.
As fortes chuvas que a Capital registra nos últimos dias vem a sensação #tbt: ruas alagadas, um problema de décadas e que vive de paliativos, não se consegue resolver. É fato! E, claro, não falo da chuva.
Na postagem da vez, o deputado estadual mostra fotos de vários pontos alagados. Na legenda: “João Pessoa se desmanchando no caos da chuva e o excelentíssimo prefeito Cícero Lucena participando de corrida no Rio de Janeiro”.
Mas, a resposta ao comentário de um seguidor é que chama, ou deveria chamar, atenção. Ao ser perguntado: “E se fosse você, o que faria para acabar com esse problema de alagar as ruas?”. A resposta de Walber: “Pergunta a ‘Ciço’ que é o experiente e tem solução pra tudo”. E…
O papel da oposição, seja em João Pessoa ou em qualquer lugar do mundo, é o da crítica. Mas, que se mostre conteúdo. E nem adianta dizer que não tem espaço, que não tem “obrigação”, que não está no cargo. Aponte, mas não apenas o dedo.
Sem defender Cícero, que não “manda” na chuva, mas pela experiência deve saber o que faz – administrativa e politicamente falando -, os alagamentos são crônicos, mas já foram piores.
Algumas intervenções vêm sendo feitas ao longo de gestões, mas são lentas em resolutividade real. Como todos sabem, a chuva não vem de baixo para cima, mas as soluções deveriam partir daí. Pensar o futuro é importante, trabalhar o ontem e o agora, prioridade máxima
Alguns políticos que se dizem “legítimos” representantes de João Pessoa – e tem de ruma – não podem falar, seja oposição ou situação. Estão sempre juntos e misturados, entra eleição e sai eleição, costurando alianças, se beneficiando do poder.
Criticam, mas não apresentam soluções. Ou quando há solução posta na mesa criticam também até que apresentem a mesma proposta. Aí, vale. Mas, o bom é que alguns furam a bolha e falam menos e agem mais.
Ser crítico de rede social, nova profissão dos políticos de plantão ou candidatos a um de mandato, seja de qual lado for, é fácil, mas escancara a qualidade dos que disputam a foto e o voto na urna. Saiam de casa e se molhem.
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