A turma do “deixa disso”, capitaneada pelo deputado estadual Fábio Ramalho, entrou em campo para apagar os focos de incêndio na relação entre o deputado Romero Rodrigues (Podemos) e o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD).
Em entrevista à imprensa, essa semana, Ramalho disse que Romero teria confidenciado que vai apoiar o projeto de reeleição de Bruno, próximo ano.
Mas, a pergunta que não quer calar: Romero precisa mesmo de porta-voz ou confidência? Acredito que não. A gestão como prefeito por oito anos e a votação obtida em 2022 fala por si só. Sem falar que o deputado federal foi o avalista de Bruno em 2020 e não, o contrário. É cabo eleitoral de si próprio.
A suposta confidência de Romero a Fábio Ramalho, ao que parece, reflete muita mais uma preocupação dos aliados. Amarram um discurso para que o ex-prefeito não “pule fora”. Não acredito que vá acontecer, dada a insegurança política que Romero carrega, consciente ou inconscientemente, mas não é impossível. É o famoso: não confia no próprio taco.
Ainda na entrevista, Ramalho declarou que, ao contrário das especulações, as duas lideranças políticas estariam muito bem.
“Ao contrário do que andam falando e divulgando por aí, Bruno e Romero estão muito bem alinhados”, garantiu.
Mas, quem acompanha o dia a dia da política campinense sabe que a troca de farpas entre os dois está lá, sútil, seja numa postagem de rede social ou até mesmo nas atitudes. Contornável? Sim. Dependerá da habilidade dos dois lados e não apenas dos “porta-vozes”.
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