As doenças raras afetam cerca de 8% da população mundial e geralmente são crônicas, progressivas e degenerativas, colocando em risco a vida do paciente. No Brasil, existe uma grande dificuldade ao diagnóstico e acesso de medicamentos e ao tratamento dessa população.
Nesta semana, em que se lembra da Luta por Medicamento, o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) destacou a luta por esse direito fundamental à vida, observando as dificuldades e o papel da Justiça nas garantias essenciais.
“Ações na Justiça para obter medicação e tratamento crescem ano após ano. E ter a vitória na Justiça, não significa a continuidade do tratamento, pois o fornecimento é feito por um período e depois é realizada a suspensão, tendo a necessidade de enfrentar uma nova batalha judicial, deixando o paciente sem a medicação, o que pode lhe custar a vida. Precisamos mudar essa realidade”, destacou o deputado.
Na esperança de mudar essa realidade na Paraíba, Tovar chegou a propor, durante reunião com a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Paraíba (OAB-PB), a Defensoria Pública e entidades que representam portadores de doenças raras, montar uma força tarefa para analisar e auxiliar nas ações que tramitam na justiça e tratam sobre acesso a medicação para portadores de doenças raras.
Para o deputado, tão difícil quanto a descoberta de uma doença rara é se dar conta de que existe remédio para controlar a enfermidade, mas que o custo é elevado e incompatível com as condições financeiras, e que o Governo não o disponibiliza.
Embora existam medicamentos com eficácia comprovada para desacelerar a progressão de doenças raras e controlar seus sintomas, nem todos estão na lista de remédios oferecidos pelo SUS, a Rename (Relação de Medicamentos Essenciais).
“É preciso debater esse tema e até mesmo discutir a aprovação de uma política estadual de atenção a pacientes com doenças raras. O desgaste da doença já é por demais angustiante para esses pacientes e por isso, é fundamental que não sofram mais com batalhas judiciais para terem acesso aos medicamentos”, disse Tovar.
Leave a Reply