Mais uma vez, a cena se repete na Assembleia Legislativa da Paraíba: ponto registrado e deputado “abduzido”. Em plena pré-campanha, os parlamentares estaduais – não são todos – arranjam tempo para cuidar da pré-campanha – sim, estão “soltos” pela Paraíba e não é de agora.
Na pandemia, a Casa de Epitácio Pessoa fechou as portas, mantendo as sessões online, okei. Agora, nem online nem presencial pelo visto. Em que pese, essas ausências não sejam questão de agora. Mas é fato que em período eleitoral, essas “abduções” aumentam.
Segundo o líder da oposição, deputado Cabo Gilberto Silva, a Assembleia vivenciou a maior quarentena legislativa do planeta. Ei de concordar.
Ah! E a quarentena foi apenas interna já que, nem durante o fechamento, os deputados deixaram de circular. Rodaram a Paraíba. As redes sociais “fiscalizaram” as andanças.
Sessões plenárias, para discussão e votação de projetos, são apenas dois dias. Quisera um trabalhador normal, caro eleitor, tivesse essa regalia.
E não adianta dizer que visitar as bases é “trabalho”. Não deixa de ser. “Estamos ouvindo o povo”, o discurso está sempre na ponta da língua.
Mas, quem entende o mínimo de política sabe que vai além, é capitalização do voto. Certos ou errados, deveriam fazer um pacto com a própria consciência e dar exemplo, né verdade.
“Nós somos pagos para dar expediente. É vergonhoso o que acontece nessa Casa. Isso aqui não difere de qualquer outra profissão. Vocês estão desrespeitando a Paraíba”, disparou a deputada Jane Panta (Progressistas).
Também ei de concordar com o deputado João Gonçalves. Tem parlamentar, que se puxar pela memória das ausência, já deveria ter sido cassado por falta.
Aliás, vira e mexe o presidente da Casa, Adriano Galdino, fala em corte de ponto dos faltosos – estando ficticiamente no plenário ou não -, parece que não tem surtido efeito.
O discurso tem que sair da teoria e partir para a prática. Apesar de saber que o corporativismo, nesse sentido, ainda impera. E nem adianta dizer o contrário. É uma pena e uma vergonha.
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