Pré-candidato ao Governo da Paraíba, a preço de hoje, o deputado estadual Cabo Gilberto Silva (PSL) encontrou a pauta eleitoreira para 2022: incitar a Polícia Militar a não trabalhar.
A pauta, seja de melhorias de condições e até de valores pagos, é importante. Mas, a forma como vem sendo usada pode ser um tiro no pé. Incitar policiais militares a largar plantões ou trabalho “voluntário” pago parece ser contraproducente.
Como deputado, deveria buscar diálogo junto ao governador João Azevêdo (Cidadania). Essa oposição do quanto pior, melhor, não cola mais. “Alimentar” protestos só vai prejudicar a própria categoria, além de não contar com apoio popular.
Decisão do juiz plantonista do Tribunal de Justiça da Paraíba, Fábio Leandro de Alencar Cunha, estabeleceu multa diária de R$ 1 mil até o limite de R$ 30 mil para cada um dos policiais militares do estado que não retornarem à função como motorista da corporação.
O pedido foi feito após a recusa dos policiais em assumir o serviço de motorista nas viaturas de Rádio Patrulha nas unidades da PM, sob o argumento de não possuir o Curso de Veículo de Emergência.
O resultado foi um efeito contrário e Cabo Gilberto teve que ir às redes sociais para pedir que os militares voltem aos postos porque, óbvio, ordem judicial se cumpre. Ou seja, sobrou para os policiais.
Mas, ele aproveitou para voltar a incitar os PMs para que entreguem o serviço, de dirigir as viaturas, aos comandantes em pleno festejos de final de ano.
Que pautas importantes como essa não sejam usadas como massa de manobra eleitoreira e de ocasião.
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