O depoimento do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), nesta sexta-feira (25), deve sacudir a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19. Quem é ele? O parlamentar que disse ter avisado ao presidente Jair Bolsonaro que estava havendo indícios de corrupção dentro do Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin. Fala-se em supervalorização em 1000%.
Após o governo anunciar que vai investigá-lo por denunciação caluniosa contra Jair Bolsonaro, Luis Miranda disse que a verdade virá à tona amanhã. “Sexta-feira o Brasil saberá a verdade e os documentos falam por si só … se ficarmos calados, já será suficiente para todos os brasileiros se revoltarem e ainda entender quem está atrasando o Brasil!!”, postou o deputado no Twitter.
Luis Miranda disse ter levado ao conhecimento do presidente, em janeiro e março, documentos que apontam indícios de corrupção nas negociações. Disse que o irmão, que trabalha no Ministério da Saúde, foi pressionado a liberar a importação de 4 milhões de doses mediante pagamento antecipado.
Em coletiva à imprensa, nessa quarta-feira (23) à noite, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, anunciou que Polícia Federal vai investigar Luis Miranda e o irmão Luis Ricardo, por apresentarem uma nota fiscal adulterada para tentar acusar o Ministério da Saúde de irregularidades na importação da Covaxin. Onyx acusou Miranda de traição.
Pelo Twitter, a Secretaria de Comunicação do Governo afirmou que: “Como se vê, por algum motivo escuso, aparentemente, um servidor ou adulterou documento ou identificou um erro que logo foi corrigido e, mesmo assim, utilizou o documento errado para criar uma narrativa mentirosa contra o Presidente da República e o Governo Federal”.
O contrato para compra da vacina indiana foi assinado em fevereiro. A Saúde encomendou 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão – US$ 15 cada dose, a mais cara comprada pelo governo. O prazo para entrega já expirou, mas até hoje nenhuma dose foi entregue.
Com informações de O Antagonista
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