O ministro da Economia, Paulo Guedes, se supera a cada dia. Durante participação em um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), sugeriu que mendigos e pobres sejam alimentados com sobras de restaurantes.
É preciso dizer, ou até mesmo ensinar ao ministro, que: o fato de se usar as sobras para dar alimento a pessoas em situação de ruas ou pobres, que deveria ser iniciativa corriqueira já que o desperdício existe, não desobriga o Governo Federal a pensar políticas públicas eficazes, pensadas para combater a fome. É muito fácil para Guedes pensar: “vivam com as sobras”. A pergunta é: ele viveria assim? Não, meus caros. Não tem nem perigo.
“O prato de um classe média europeu, que já enfrentou duas guerras mundiais, são pratos relativamente pequenos. E os nossos aqui, nós fazemos almoços onde às vezes há uma sobra enorme. Isso vai até o final, que é a refeição da classe média alta, até lá há excessos”, disse Guedes, durante a participação.
E ainda complementou: “Como utilizar esses excessos que estão em restaurantes e esse encadeamento com as políticas sociais, isso tem que ser feito. Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”.
Essa não é a primeira vez que o ministro da Economia mostra toda a sua falta de habilidade, para não dizer outras coisas, quando se trata das classes menos privilegiadas. Em fevereiro de 2020, causou polêmica, e com razão, ao afirmar que o dólar mais alto é “bom para todo mundo”. Segundo ele, com o dólar mais baixo, “todo mundo” estava indo para a Disney, nos Estados Unidos, inclusive “empregada doméstica”. E recomendou que os brasileiros viajem pelo Brasil.
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