O Senado Federal aprovou, na noite desta terça-feira (13), proposta da senadora Daniella Ribeiro (Progressistas) que prioriza gestantes e puérperas no Programa Nacional de Vacinação contra a Covid-19. O Projeto de Lei 930/2021 foi acatado como emenda do relator na votação do PL 1.315/2021, que restabelece a Lei de Combate à Pandemia (13.979/2020).
Daniella Ribeiro já havia solicitado ao Colégio de Líderes do Senado incluir a proposta na pauta de votação, diante da urgência em atender este grupo de mulheres. O projeto teve o apoio da bancada feminina. “É muito grave a situação, sim. Hoje mesmo recebemos notícias de leitos 100% lotados, com grávidas e bebês também”, disse a senadora.
A sugestão para incluir gestantes e puérperas no grupo prioritário da vacinação foi do senador Randolfe Rodrigues, que deu apoio à luta da senadora Daniella Ribeiro para aprovar a proposta. O relator do PL 1.315/2021, senador Carlos Fávaro (PSD-MT) acatou a sugestão. Segundo a senadora, esta alternativa foi uma forma de atender este grupo com mais rapidez.
Risco – Daniella Ribeiro lembra que as mulheres grávidas correm mais risco de desenvolver formas graves de Covid-19. O American Journal of Obstetrics and Gynecology registrou que o risco de morte nas pacientes que aguardam um bebê é 13 vezes maior em relação a outros indivíduos na mesma faixa etária. Os nascimentos prematuros são 45,4% mais frequentes entre as pacientes com quadro severo ou crítico de Covid-19.
Estudos comprovam ainda que as alterações fisiológicas naturais durante a gravidez e mudanças metabólicas e vasculares em gestações de alto risco podem agravar o quadro clínico da Covid-19. Essas mudanças fisiológicas, de acordo com os cientistas, abrem a porta para impactos advindos do vírus.
“As gestantes internadas por problemas respiratórios apresentaram maior chance de comorbidade ou condições subjacentes, como asma, hipertensão, diabetes tipo 2, doença autoimune e obesidade”, disse a senadora.
Daniella Ribeiro agradeceu o apoio dos senadores que acompanharam a sua luta para que a proposta entrasse em pauta. O Projeto de Lei 1.315/2021 foi aprovado no plenário do Senado e encaminhado para votação na Câmara dos Deputados.
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