A gestão do general Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde está na mira do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas. O órgão ajuizou, nesta quarta-feira (14), ação de improbidade administrativa contra o ex-ministro e o secretário estadual de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, por omissão no combate à pandemia entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, quando o Amazonas registrou colapso de oxigênio nas unidades de saúde e aumento de mortes por covid-19.
Entre 14 e 15 de janeiro, a falta de oxigênio nos hospitais de Manaus levou a cidade a um cenário de caos. Com recordes nos casos de Covid-19, a Capital precisou enviar pacientes que dependiam do insumo para outros estados, a exemplo da Paraíba (João Pessoa e Campina Grande receberam pacientes).
Conforme o MPF, o então ministro da Saúde, além de seu secretariado, tinha ciência do aumento descontrolado de casos no Amazonas na segunda metade do mês de dezembro, bem como da lotação dos leitos clínicos, ainda em 2020.
O órgão cita, também, que apesar de ter notícia do aumento dos casos desde a semana do Natal e de haver realizado reunião com secretariado no dia 28 de dezembro, Pazuello determinou a ida de comitiva a Manaus apenas no dia 3 de janeiro, ou seja, quase uma semana após quando houve a explosão de casos e de caos na rede pública.
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