Os governadores voltarão a se reunir com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na próxima quarta-feira (17). Eles vão cobrar um cronograma de entrega de vacinas, em muitos Estados começa a faltar imunizante, e para discutir alternativas para agilizar a imunização, entre elas o uso da russa Sputnik V.
A União Química – que fará a produção e envase da Sputnik V no Brasil, ainda não encaminhou o aval para uso emergencial ou registro definitivo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão tem visita agendada à empresa no próximo mês de março.
Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores, a reunião foi solicitada em 31 de janeiro pelo gestor.
Na conversa, os governadores querem que o ministério detalhe o cronograma da entrega de vacinas até abril, quando deveria estar concluída a primeira fase do plano nacional contra a Covid-19, com o objetivo de imunizar o grupo de maior risco.
Vão ainda tratar de alternativas de vacinas para agilizar a imunização no país, entre elas a Sputnik V, e pedir que Bolsonaro não vete a MP que dá cinco dias à Anvisa (agência nacional de vigilância sanitária) para autorizar emergencialmente vacinas contra Covid-19.
“Nos aproximamos de 30 dias do início da vacinação com perspectiva de alcançar apenas 3% da população brasileira vacinada”, criticou o governador do Piauí. “Neste ritmo, o plano do governo de vacinar até junho 50% da população não vai se concretizar. Seguindo nesta lentidão, o Brasil deve chegar a cerca de 20% da população vacinada.”
Na reunião, os gestores também pretendem tratar do pagamento das UTIs em atividade desde janeiro, com a ampliação das vagas para atender ao aumento da demanda prevista. “Até dezembro, tínhamos 12.000 leitos de UTI exclusivos para Covid-19. A doença se propagou e chegamos a cerca de 15.000 leitos necessários”, afirma Dias.
“Foram encerrados 6.000 credenciados e agora em fevereiro vencem mais 3.000. Ou seja, de 15.000, vamos ficar com 3.000 leitos de UTI credenciados?”, contestou.
Fonte: Valor Econômico
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