O delegado titular da Delegacia de Homicídios de João Pessoa, Vitor Melo, confirmou nesta segunda-feira (14), que um homem foi preso e que aguarda a apresentação voluntária de outro suspeito, esta semana. Eles são acusados de participação no assassinato do prefeito Expedito Pereira. Disse ainda que os dois teriam relações de trabalho com um parente de Expedito.
“Sábado à noite um homem foi preso. Após diligências, identificamos que trata-se da segunda pessoa que teve contato com o veículo usado para levar o executor”, afirmou o delegado. O homem foi identificado como Leon e que foi preso, no último sábado (12), por estelionato.
A camisa, que teria sido utilizada pelo assassino e descartada, foi encontrada no bairro de Manaíra, em João Pessoa, onde ocorreu o crime. Já a moto foi localizada na casa do proprietário, que também foi ouvido pela Polícia.
Ainda de acordo com Vitor Melo, há uma outra pessoa identificada e que a polícia aguarda apresentação voluntária para dar sequência a linha de investigação. Todavia, o delegado esclareceu que não há hipótese descartada.
Ele demonstrou preocupação com as especulações sobre a autoria do crime, assim como o superintendente da Polícia Civil na Paraíba, Luciano Soares. Ele negou, por exemplo, que o sobrinho do ex-prefeito, Ricardo Pereira, tenha sido preso, como circulou na imprensa, durante o final de semana.
“Isso tem prejudicado as investigações”, disse. Mas, não resta dúvidas à Polícia de que os homens suspeitos teriam um vínculo de trabalho com o vereador eleito, que usou a imagem do tio, na campanha, como “fiador”. Ricardo, aliás, não se pronunciou oficialmente sobre a suposta citação de seu nome na participação do crime.
Melo afirmou que o proprietário da moto, apreendida para perícia pela Polícia Civil, não estava com o veículo. “A moto teria sido emprestada a duas pessoas. Se não participaram efetivamente do crime, são, no mínimo, suspeitas de envolvimento”, completou.
Diante da informação de familiares de Expedito – que teriam informado sobre um encontro da vítima com uma pessoa no dia em que houve o crime – a polícia informa que trata-se de “informações que surgiram fora do inquérito”. “Vamos transformar isso em prova. Para qualquer coisa que façamos no celular, precisamos de uma autorização judicial”, destacou.
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