Pelo menos cinco governadores do Nordeste usaram as redes sociais, nesta quarta-feira (21), para criticar as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que não iria comprar as doses da vacina Coronavac, anunciadas pelo ministro Eduardo Pazuello, que foi desmentido. Todos foram unânimes em afirmar que ideologia política não pode ser sobrepor ao combate à Covid-19. “É a pequenez da política e que não deveria existir”, declarou o governador João Azevêdo (Cidadania).
“Não se pode jamais colocar posições ideológicas acima da preservação de vidas. Lutaremos para que uma vacina segura e eficaz chegue o mais rápido possível para todos os brasileiros”, disse Camilo Santana, governador do Ceará, em postagem na rede social Twitter.
Já o governador do Maranhão, Flávio Dino, tido como um dos mais críticos adversários do presidente da República, disse que “não precisamos de uma nova guerra na Federação”. Ele afirmou que, certamente, os governadores irão ao Congresso Nacional e ao Judiciário para garantir o acesso da população a todas as vacinas que forem eficazes e seguras. “Saúde é um bem maior do que disputas ideológicas ou eleitorais”.
O baiano Rui Costa elogiou a decisão de Pazuello de comprar as 46 milhões de dose da Coronavac. “Estamos em guerra contra Covid, q já matou + de 150 mil no Brasil. O presidente não pode desmoralizá-lo e desautorizá-lo nesta luta.Minha total solidariedade ao ministro”. A decisão, inclusive, foi comunicada aos governadores em reunião pelo ministro, na noite desta terça-feira (20).
Para o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, a vacina será mais um passo para superar a Covid-19. “A influência de qualquer ideologia em temas fundamentais, como a saúde, só prejudica a população. Defendemos que todas as vacinas consideradas seguras, avalizadas pelas autoridades, sejam disponibilizadas ao povo brasileiro”.
A Coronavac é produzida pela China, mas em parceria com o Instituto Butantan, que é o principal produtor de imunobiológicos do Brasil, responsável por grande porcentagem da produção de soros hiperimunes e grande volume da produção nacional de antígenos vacinais, que compõem as vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Existe desde 1901.
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